quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Maior Batalha do Doutor do Mackenzie



Li no blog Tempo de Colheita - http://www.tempodecolheita.com.br/blog/2011/03/02/234/ - uma entrevista com o Rev. Augustus Nicodemus, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie.  Logo na primeira pergunta, fiquei pasmo: nunca esperava aquela resposta. Tente responder por você mesmo agora: Qual a maior batalha que você já enfrentou e como a superou?   Não continue a leitura. Pare agora por 30 segundos e pense....

10 s...
20 s.....
30 s.........

Pensou? E qual sua resposta?   E o que você imagina que um cidadão como o Rev. Nicodemus, doutor em teologia, professor de seminário, palestrante, conferencista, apologista da doutrina cristã, chanceler de uma respeitável universidade privada, teria a responder?  Talvez, num debate sobre ciência e fé com materialistas científicos,  por um branco de mente, não tenha tido o tino da boa resposta na hora e tenha ficado embaraçado! Natural, mas, sem dúvida, uma experiência terrível.  Ou, quem sabe,  uma reação brutal de grupos “politicamente corretos” a alguma posição sua em questões polêmicas, como, por exemplo,  homossexualismo.  Preparar material de última hora para uma conferência internacional em substituição a um palestrante amigo que ficou doente.  Situações embaraçosas com a mídia. Etc.

Mas, bem, vamos ver pelo lado mais, digamos, comum aos demais mortais (um pouco de boa ironia, pra quebrar o clima, por favor):  Um problema grave de saúde pessoal ou na família. Um acidente grave de carro que o levou à UTI de um hospital. Uma doença grave. Um assalto no farol (três dedos na madeira para essa lista, cruz-credo!).

Nada disso. A resposta do Reverendo, Doutor, Pregador, Professor, Chanceler? Deixe ele mesmo falar:

[TC] O Senhor já tem algumas décadas de ministério, nestes anos todos, qual a maior batalha que o senhor já enfrentou e como a superou?

[Augustus] A maior de todas as batalhas é aquela para manter a vida devocional em dia. Refiro-me a manter uma vida disciplinada de oração, meditação, leitura da Palavra de Deus. Sem isto, as atividades ministeriais se tornam secas, mecânicas e quase que imperceptivelmente perdemos aquele poder espiritual necessário para pregar, escrever, orientar, aconselhar, decidir. Não digo que já venci esta batalha – teve períodos em que me vi seco e árido – mas percebo com alegria que basta recomeçar a dar tempo para os exercícios espirituais que o coração renasce como o tronco seco em terra árida, ao “cheiro das águas” (Jó 14:8-9).

É, meus amigos, como dizia Dagon, um conhecido nosso: “E assim o Evangelho marcha!”.  Num primeiro momento cheguei a pensar que o Doutor estaria despistando. Mas, imediatamente, percebi a facada no peito: ele foi direto ao ponto! Eu e você sabemos disso muito bem, e como!  Para o cristão no mundo moderno, onde milhões de coisas demandam a nossa atenção desde o primeiro segundo em que abrimos os olhos de manhã, parar para orar, ler a bíblia e meditar é uma BATALHA!  Vencê-la hoje dia não nos libera de enfrenta-la amanhã. É diária. Como é fácil passar uma semana sem orar. E duas, então? E como nossa alma pode viver sem respirar?

Doutor Nicodemus, valeu pelo alerta!  Vou lembrar disso todo dia. E você, leitor?
Como diria Datena, “Me ajuda aí”! 

Um comentário:

  1. Ao ponto! Em cheio! Por que isso acontece?
    Sempre imaginamos que é principalmente por causa da nossa vida moderna, agitada, cheia de compromissos... ou, cansaço, desânimo, preguiça mesmo, etc etc.
    Mas se pudéssemos ver como era o comportamento geral de uma pessoa mediana do século XVIII ou XIV veríamos que não é esse o caso. Essas desculpas, no fundo não convence nem a nós mesmos, em nosso íntimo.
    Minha auto-crítica me leva a crer que não percebemos a proposta real de Jesus.
    Ficamos brigando intimamente com essa coisa de Senhorio de Cristo. Admitimos em público e até buscamos auto-afirmação nisso.
    Mas esquecemos de ser seu amigo: amigo de Deus.
    "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." - João 15:15.
    Virou até chavão evangélico proclamar Cristo é o SENHOR. Mas quantos de nós podemos chamá-lo de amigo?!
    É estranho quando com muito esforço nos assentamos para um tempo de oração e aí nos fogem as palavras. Ficamos meio sem assunto, sem palavras.
    Isso não acontece quando encontramos um amigo na rua, ou no trabalho. Mas quando nos vemos diante de Jesus... que silêncio. Ficamos introspectivos, "meditabundos", etc
    Cadê a intimidade? A amizade com Deus?
    Pra pensar mais:


    "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." - João 15:13

    "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" - João 15:16

    Se cultivarmos essa amizade proposta por Jesus, e aprendermos a amá-lo como nosso irmão mais velho, estaremos mais próximos até de compreendermos o Seu tão aclamado Senhorio.

    Ajudei aí, ô!?

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