Minhas anotações sobre o livro “A
Linguagem de Deus”, de Francis Collins – Parte VIII
Passaremos à terceira, última e mais
longa parte do livro. Tema: “Fé na ciência, fé em Deus”. São seis capítulos, do 6º ao 11º, mais um
apêndice, num total de 125 páginas.
No capítulo 6 o autor aponta o grande
fosso que persiste entre as convicções da academia sobre a evolução e as desconfianças
por parte da sociedade comum, sob o domínio de convicções religiosas. Examina quais seriam os motivos para tanta
desconfiança. O relógio de Paley? (acho que teria sido melhor Paley ter suposto
uma bússola apontando para o Criador com sua agulha teimosa, em vez de um
relógio!). O apelo a inimagináveis bilhões
e bilhões de anos para o processo evolutivo acontecer? A Lei Moral? O que de
fato diz o Gênesis? É um relato ou são dois? Os dois relatos são harmônicos?
São precisos? São literais ou alegóricos?
Mesmo antes de Darwin nunca houve um consenso teológico sobre o assunto. Há mais de dezesseis séculos Santo Agostinho já questionava a literalidade do relato da criação: “Que tipo de dias eram aqueles, para nós é extremamente difícil ou talvez impossível, conceber”. Vinte e cinco séculos de debates não limparam o cenário. Veio a ciência a piorá-lo? Estaria Deus ameaçado pela ciência?
Collins relembra o conflito entre Galileu e à Igreja de seu tempo e lamenta que o atual conflito entre evolução e fé vem demonstrando ser muito mais ácido e difícil do que aquele antigo debate sobre a terra girar em torno do sol. Mais de 150 anos depois de Darwin a controvérsia persiste viva e mostra-se insuperável. Falta bom senso? Nossa inteligência está ameaçando a Deus?
Mesmo antes de Darwin nunca houve um consenso teológico sobre o assunto. Há mais de dezesseis séculos Santo Agostinho já questionava a literalidade do relato da criação: “Que tipo de dias eram aqueles, para nós é extremamente difícil ou talvez impossível, conceber”. Vinte e cinco séculos de debates não limparam o cenário. Veio a ciência a piorá-lo? Estaria Deus ameaçado pela ciência?
Collins relembra o conflito entre Galileu e à Igreja de seu tempo e lamenta que o atual conflito entre evolução e fé vem demonstrando ser muito mais ácido e difícil do que aquele antigo debate sobre a terra girar em torno do sol. Mais de 150 anos depois de Darwin a controvérsia persiste viva e mostra-se insuperável. Falta bom senso? Nossa inteligência está ameaçando a Deus?
Nos capítulos 7 a 10 Collins passa
então a expor as alternativas para a interação entre a fé e a ciência diante da
teoria da evolução, que são: alternativa 1: ateísmo e agnosticismo;
2-Criacionismo; 3-Design Inteligente e 4-BioLogos (Evolução Teísta).
Vamos lá:
Capítulo 7 - ateísmo e agnosticismo. É quando a ciência supera a fé. Collins faz
um resumo histórico do recrudescimento do ateísmo, desde que Madalyn O´Hair
processou a NASA por permitir que astronautas, servidores públicos, fizessem
uma oração pública no espaço à bordo da Apolo 8, no natal de 1968, à custa dos
contribuintes americanos!
Mas Madalyn O´Hair era apenas uma ativista secular. A vanguarda ateísta hoje está com os evolucionistas! Dawkins, Dennett & Cia Ltda. decretaram a morte de Deus. Para eles um verdadeiro evolucionista terá que ser também ateu, sob pena deslealdade intelectual.
Collins faz um breve resumo histórico do ateísmo e de seu desenvolvimento, passando pelo o iluminismo até chegar ao ateísmo militante caracterizado em Dawkins. Analisa os argumentos de Dawkins um por um: a evolução explica toda a complexidade da vida, não há mais necessidade de deus algum; a religião é anti-racional pois se baseia em confiança cega, na ausência de evidências; a religião já causou e ainda causa muitos males à humanidade, portanto deve ser combatida e eliminada; e, a mais importante, a evolução obriga ao ateísmo.
Collins também fala sobre o agnosticismo. O termo foi cunhado em 1869 pelo cientista britânico Thomas Huxley, conhecido como “o buldogue de Darwin”. Diz que Deus não pode ser nem provado nem “desprovado”. Portanto, o agnóstico não se posiciona. Ignora o tema. É a fuga do conflito, uma posição mais cômoda. Pelo menos mais defensável do que a do ateísmo, que não pode provar que Deus não existe. Entretanto, diz Collins, agnosticismo pode se apenas indecisão.
Mas Madalyn O´Hair era apenas uma ativista secular. A vanguarda ateísta hoje está com os evolucionistas! Dawkins, Dennett & Cia Ltda. decretaram a morte de Deus. Para eles um verdadeiro evolucionista terá que ser também ateu, sob pena deslealdade intelectual.
Collins faz um breve resumo histórico do ateísmo e de seu desenvolvimento, passando pelo o iluminismo até chegar ao ateísmo militante caracterizado em Dawkins. Analisa os argumentos de Dawkins um por um: a evolução explica toda a complexidade da vida, não há mais necessidade de deus algum; a religião é anti-racional pois se baseia em confiança cega, na ausência de evidências; a religião já causou e ainda causa muitos males à humanidade, portanto deve ser combatida e eliminada; e, a mais importante, a evolução obriga ao ateísmo.
Collins também fala sobre o agnosticismo. O termo foi cunhado em 1869 pelo cientista britânico Thomas Huxley, conhecido como “o buldogue de Darwin”. Diz que Deus não pode ser nem provado nem “desprovado”. Portanto, o agnóstico não se posiciona. Ignora o tema. É a fuga do conflito, uma posição mais cômoda. Pelo menos mais defensável do que a do ateísmo, que não pode provar que Deus não existe. Entretanto, diz Collins, agnosticismo pode se apenas indecisão.
Paramos aqui. Cenas dos próximos
capítulos...