Começamos aqui a comentar a segunda
parte do livro, que tem por tema: As Grandes Questões da Existência Humana
Capítulo 3 - As origens do Universo
Collins abre a segunda parte do livro com esta citação: “Duas
coisas me enchem de admiração e estarrecimento crescentes e constantes, quanto
mais tempo e mais sinceramente reflito sobre elas: os céus estrelados lá fora e
a Lei Moral aqui dentro”, de Immanuel Kant.
Essa admiração pasmada seria apenas
uma infantilidade?
Collins fala do método científico e
de como ele é dinâmico e auto corrigido, de maneira que falhas e erros são
suplantados por novas investigações e percepções ao longo dos séculos. Diz que os últimos cem anos foram profícuos em
revisões científicas, com o surgimento de novíssimos conceitos do mundo
subatômico, da física das partículas, da relatividade e da biologia celular, da
química e de muitos outros campos. Não
há razão para não confiar na ciência. O conflito da Igreja envolvendo Copérnico/Kepler/Galileu
foi ilustrativo de quanto mal pode causar a ambos a oposição entre os campos da
ciência e da fé.
Collins deslumbra-se com a elegância
da matemática nas leis físicas. Cita Stephen Hawkins na sua expectativa de uma
teoria do tudo que enfim representaria o triunfo final da razão humana:
conhecer a mente de Deus. É nesse ponto que faz um link com o título de sua
obra e pergunta retoricamente: seria a matemática, junto com o DNA, uma outra
linguagem de Deus?
Collins faz então um
breve relato sobre o Big-Bang. Mas o que teria vindo antes? “O Big-Bang grita por uma explicação divina”. Diz que essa é uma
questão jamais respondida pela ciência e sem perspectivas de que o seja no
futuro. Em seguida fala sobre a formação do nosso sistema solar e do planeta
Terra. Expõe a admiração geral dos cientistas diante das 15 constantes físicas
para as quais a ciência não tem nenhuma explicação, de cuja exatidão e
imutabilidade depende a vida do homem na terra. Qualquer alteração, por menor
que seja, no valor qualquer dessas constantes inviabilizaria o universo como o
conhecemos hoje. Isso é chamado de Princípio Antrópico, que diz que nosso
universo está exclusivamente ajustado para a vida humana. Fala das três principais alternativas de
explicação para esse princípio, (1-multiversos; 2-sorte, muita sorte mesmo e
3-Deus) mas ressalta que esse parece ser um tema essencialmente teológico.
Chama Outra vez Hawkins em sua defesa: “Será difícil explicar por que o
universo teria começado desta exata maneira, a não ser como um ato de um Deus
que quisesse criar seres como nós”. Explica as chances e as dificuldades de
cada alternativa e conclui que, também aqui, o fosso entre ciência e fé se
mantém: os materialistas, por definição, não aceitam a terceira nem os
não-materialistas a primeira. A segunda é descartada por ambos. Finaliza
advogando que o Princípio Antrópico fornece um argumento interessante a favor
do Criador.
Seguindo em frente nesse capítulo Collins
fala da revolução que se deu com o surgimento da mecânica quântica, que destruiu o
determinismo científico de Laplace e os fundamentos da mecânica clássica
newtoniana. E passa ao tema da
cosmologia e da hipótese de Deus. Aqui ele chama Agostinho, que mil anos antes
de Darwin, recomendou aos cristãos, referindo-se a passagens difíceis como as
do Gênesis, a não cerrarem posições que
possam ser derrubadas pelo progresso científico da humanidade. Collins encerra o capítulo dizendo que irá
aprofundar esse tema mais à frente.
E ponto. Esse resumo está muito grande.
E só chegamos à página 90! Vou condensar mais daqui pra frente. Mas, de qualquer modo, comentar 90 páginas em
10, não tá tão ruim assim. Mas não tá bom não. Vou melhorar.
Até...
Nenhum comentário:
Postar um comentário